sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


O Santo Remédio

22 anos.


Grupo de Arte Pirirí - Pororó.



Estaremos promovendo em breve a volta de um dos espetáculos de teatro de bonecos mais assistidos pelas crianças das escolas públicas de Porto Alegre e interior do Estado do Rio Grande do Sul dos anos de 1994 a 1998.

Com uma roupagem nova, agora com características do teatro de mamulengos, a partir da narrativa teatral contada e interpretada pelo ator Luiz Fernando Moojen, autor e ator manipulador dos bonecos.

Começamos a fase de um novo texto e da dramaturgia para a narrativa teatral, prometendo muita alegria, brincadeiras e muita interação.

Aguarde novidades!

(51) 9215 0048.
sipatrs@gmail.com
Porto Alegre - RS.

O Santo Remédio em 1994.

 














Sinopse: O espetáculo conta a história de Mariazinha, uma menina brincalhona, mas preguiçosa, que não gosta de tomar banho. De repente, em meio a suas brincadeiras, começa a sentir uma forte coceira na cabeça. Dito e feito: pegou piolho na escola! Mesmo que o tema da peça possa sugerir, o espetáculo não tem o ranço de muitos espetáculos “didáticos”. Ele é leve, descontraído, engraçado, com bastante interatividade com o público e tem muito da verdadeira e simples linguagem do teatro de bonecos.

 O Grupo de Arte Pirirí Pororó iniciou suas atividades em 1992 fazendo apresentações de teatro de rua. A partir de 1994, passou a se dedicar à arte do teatro de animação. O Que hoje caracteriza o Pirirí Pororó é ser ele um grupo popular, que une aos seus espetáculos de bonecos, outras artes, como a mímica e a música.

O espetáculo “O Santo Remédio” teve a sua estreia no ano de 1994, em Balneário Camboriú – SC, numa campanha da Secretaria Municipal da Saúde, com apresentações em toda a rede escolar do Município. Entre 1996 a 1998 o “Santo Remédio” foi apresentado em mais de cem escolas da rede pública Municipal e Estadual de Porto Alegre e também em algumas cidades do interior gaúcho.

No ano de 1998 o espetáculo participa do 11º Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Canela - RS, numa promoção da Associação Gaúcha de Bonecos (AGTB). No mesmo ano o grupo é selecionado pela AGTB para representar o Estado do Rio Grande do Sul no 7º Festival Espetacular de Teatro de Bonecos de Curitiba – PR.

O Grupo de Arte Piriri Pororó fica de 2000 a 2002 no Estado do Paraná, na cidade de Umuarama, apresentando seus espetáculos de bonecos e mímica, em parceira com o SESC – PR e empresas locais.

 “O Santo Remédio” continua a sua trajetória de apresentações e no ano de 2004 participa do 11º Porto Alegre em Cena (Bonecos em cena), em parceria com a AGTB. O espetáculo faz parte no mesmo ano do 13º Festival de Teatro de Bonecos de Porto Alegre, promovido pela AGTB e Descentralização da Cultura.

 O grupo fica ativo até o ano de 2009 com apresentações de esquetes e oficinas de bonecos e teatro em parceria com o SESI - RS, após este período dedica – se a outros projetos voltados a empresas, os bonecos do grupo ficam guardados na mala por um bom tempo, salvo algumas performances curtas como na Jornada Literária de Passo Fundo em 2011 em parceria com o centro Cultural do SESI.

 Agora em 2013 o Piriri Pororó está de volta com o espetáculo “O Santo Remédio” que estará completando, em outubro, 19 anos de existência. Um bom espetáculo a todos!
Contatos: (51) 92150048 - Email: lcmoojen@uol.com.br
Porto Alegre - RS.
www.moojenteatroempresa.com

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Narrativa Teatral 2012.

                                                                        
Pirirí - Pororó com novidades para 2012.

Próxima temporada: As Aventuras de Dom Quixote e os Moinhos de Vento.

Sala Lili Inventa o Mundo da Casa de Cultura Mário Quintana.
Biblioteca Lucilia Minssen.
Porto Alegre - RS/ Brasil.

Em abril.
Em breve maiores detalhes.
Projeto: Narrativa Teatral para o público escolar.

Apresentações mais recentes:

Jornada Literária de Passo Fundo - RS/ 2011.
Em parceria com o Centro Cultural do SESI - RS.

Wizard Escola de Idiomas/ Nova Petrópolis - RS.

Colégio kennedy/ Porto Alegre - RS.























Youtube: http://youtu.be/zHuvIRDbBNA

Das Histórias:

Dom Quixote de La Mancha.

Público escolar e feiras do livro(dos 07 anos em diante).

A Lenda da Erva Mate(dos 12 anos em diante).

Causos da Lagoa Vermelha(para pessoas de coragem).

Participe dessa idéia, divulgue para a sua escola!

Narrativa Teatral é uma denominação atual que exemplifica toda e qualquer interpretação cênica que tem como ferramenta principal o uso da narrativa,  utilizando -se de outras artes como a mímica, música, manipulação de adereços, bonecos, imagens projetadas, sombras como forma de ilustrar uma história ou conto. Esta técnica é muito utilizada em sala de aula para incentivar o gosto pela leitura, levando o espectador a se transportar para um mundo de fantasias, à poesia e o entretenimento lúdico...Luiz Fernando Moojen.

Com este objetivo é que o Grupo de Arte Pirirí - Pororó pretende apresentar esta proposta para as escolas da rede pública e particular do Rio Grande do Sul, já no início do ano letivo de 2012.

Contato: (51) 92150048
Email: lcmoojen@uol.com.br
www.moojenteatroempresa.com
Porto Alegre - RS/ Brasil.

sábado, 15 de outubro de 2011

PIRIRI PORORÓ TEATRO DE ANIMAÇÃO.






O Grupo de Arte Piriri - Pororó, retoma sua trajetória de apresentações nas escolas gaúchas.

Estivemos na semana da criança no Colégio Kennedy em Porto Alegre, dando início a um projeto cultural para o ano de 2012 com narrativas teatrais, teatro de bonecos e oficinas para a comunidade escolar do Rio Grande do Sul.


O Piriri - Pororó e sua equipe de artistas: Edu do Nascimento, Robson Camargo Serafini e Lorena Sanchez, estarão remontando um dos espetáculos mais assistidos pela gurizada das escolas de Porto Alegre, o espetáculo de teatro de bonecos: "O SANTO REMÉDIO".

Para os próximos quatro anos queremos ultrapassar o récorde de escolas visitadas entre os anos de 1994 a 1998 com o espetáculo: "O Santo Remédio", que foram mais de 100 escolas, com um número aproximado de 20 mil alunos.

O grupo foi criado por Luiz Fernando Moojen em 1994 e possui uma grande experiência com espetáculos para crianças e adolescentes.

Técnicas utilizadas: Bonecos de luva, balcão, marotes, marioneres e narrativa teatral.

Oficinas de confecção de bonecos, teatro, mímica e sensibilização musical.

Agendamentos e informações:

(51) 92150048.
E-mail: lcmoojen@uol.com.br
Porto Alegre - RS/ Brasil.

Produção Executiva:

MOOJEN PRODUÇÕES.

www.moojenteatroempresa.com

sábado, 3 de setembro de 2011

Contação de Histórias para intervalos de empresas.

Amigos nossas contações de histórias tem como objetivo levar ao público escolar, Feiras do Livro, Mostras Culturais e intervalos de empresas, algumas das obras mais importantes da Literatura Universal e do folclore regional do Rio Grande do Sul,como:

Dom Quixote de La Mancha.
Lenda da Erva mate.
Causos Gauchescos.

Ligue e agende conosco:
(51) 9215 0048
lcmoojen@uol.com.br
www.moojenteatroempresa.com

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

14ª Jornada Literária de Passo Fundo - RS.

Participação de Luiz Moojen como contador de histórias na 14ª Jornada Literária de Passo Fundo - RS/ 2011

Dom Quixote e Sancho Pança nos Moinhos de Vento...

Livre adaptação de contos e histórias do folclore gaúcho e da Literatura Universal.

Novas histórias: 

A Lenda da Erva Mate.
Causos de Lagoa Vermelha.
















55 (51) 92150048 - Email: lcmoojen@uol.com.br
Porto Alegre - RS/ Brasil.








terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dom Quixote e os Moinhos de Vento.

Ator Luiz Fernando Moojen em uma alusiva e descontraida homenagem a Miguel de Cervantes.




Esquete teatral sobre as aventuras e desventuras de Dom Quixote de La Mancha e de seu fiel escudeiro Sancho Pança.

Quando Dom Quixote e Sancho Pança se aproximam dos Moinhos de Vento:

"Descobriram trinta ou quarenta moinhos de vento, que há naquele campo.

Assim que Dom Quixote os viu, disse para o escudeiro:

A aventura vai encaminhando os nossos negócios melhor do que o soubemos desejar; por que, vês ali, amigo Sancho Pança, onde se descobrem trinta ou mais desaforados gigantes, com quem penso fazer batalha, e tirar-lhes a todos as vidas, e cujos despojos começaremos a enriquecer; que esta é boa guerra.

- Quais gigantes? - disse Sancho Pança.

- Aqueles que alí vês - respondeu o amo - , de braços tão compridos, que alguns os têm de quase duas léguas.

- Olhe bem Vossa Mercê - disse o escudeiro - , que aquilo não são gigantes, são moinhos de vento; e o que parecem braços não são senão as velas, que tocadas ao vento fazem trabalhar a mós.

- Bem se vê - respondeu Dom Quixote- , que andas corrente nisto das aventuras; são gigantes, são; e se tens medo, tira-te daí, e pões em oração enquanto eu vou entrar com eles em fera e desigual batalha.

Dizendo isto, meteu esporas ao cavalo Rocinante, sem atender os gritos do escudeiro, tão cego ia ele em que eram gigantes, ia dizendo.

- Não fujais, covardes e vis criaturas; é só um cavaleiro o que vos investe.

Levantou-se neste comenos um pouco de vento, e começaram as velas a mover-se; vendo isto Dom quixote disse:

- Ainda que movais mais braços do que os do gigante Briareu, heis de mo pagar.

E dizendo isto, encomendando-se de todo o coração à sua senhora Dulcinéia, pedindo-lhe  que em tamanho transe o socorresse, bem coberto da sua rodela, com a lança em riste, arremeteu  a todo galope do Rocinante, e se aviou contra o primeiro moinho que estava diante, e dando-lhe uma lançada na vela, o vento a volveu com tanta fúria, que fez a lança em pedaços, levando desastradamente cavalo e cavaleiro, que foi rodando miseravelmente pelo campo a fora. Acudio Sancho Pança a socorrê-lo, a todo o correr do seu asno; e quando chegou ao amo, reconheceu que não podia menear, tal fora o trambolhão que dera com o cavalo.

-Valha me Deus! - exclamou Sancho. Não lhe disse eu a Vossa Mercê que reparasseno que fazia, que não eram senão moinhos de vento...

- Cala - te, amigo sancho. - respondeu Dom Quixote-; - as coisas da guerra são de todas as mais sujeitas a continuas  mudanças; o que eu mais creio, e deve ser verdade, é que aquele sábio Frestão, que me roubou o aposento e os livros, transformou estes gigantes em moinhos, para me falsear a glória de os vencer, tamanha é a inimizade que me tem; mas ao cabo das contas, pouco lhe hão de valer as suas más artes contra a bondade da minha espada.

- Valha - o Deus que o pode! - respondeu Sancho.

E ajudando-o a levantar, o tornou a subir para cima do Rocinante, que estava também meio desazado. Conversando no passado sucesso, continuaram caminho para Porto Lápice, porque por alí,dizia Dom Quixote, não era possível que se não achassem muitas e diversas aventuras, por ser sítio de grande passagem".....

Ficha técnica:

Criação e atuação: Luiz Fernando Moojen.
Gênero: Drama.

Público alvo: A partir dos 12 anos.
Duração: 20 min.

Local para apresentação: Rua e sala.
Técnicas utilizadas: Contação de histórias, leitura dramática, teatro de rua e boneco de balcão.

Necessidades técnicas: Uma mesa e uma cadeira, iluminação com quatro refletores fresnel(500 W) e um elipso, equipamento de sonorização, água...

Contato: 55 (51) 92150048/ 33912717.
Porto Alegre - RS/ Brasil.




segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

As aventuras e desventuras do Cavaleiro da Triste Figura.


Cada um é filho de suas obras.

De vós outros, canzoada baixa e soez, nenhum caso faço.

Ó senhora de formosura, esforço e vigor do meu debilitado coração, lance é este para pordes os olhos de vossa grandeza neste cativo cavaleiro, que a testemunha aventura é chegado!

Onde estás, senhora minha,
Que te não dói o meu mal?
Ou não nos sabe, senhora,
Ou és falsa e desleal.

Minhas pompas são as armas,
Meu descanço o pelejar.

Muitas foram as aventuras de Dom Quixote e Sancho Pança, como: a Dos Moinhos de Vento e tantas outras, muita pancadaria e devaneios...Sancho dá o apelido para o seu amo de "Cavaleiro da Triste Figura", pois este não tinha mais os dentes na queixada e era a mais má figura que nunca ví...dizia Sancho.
Mas  aqui lhes sucedeu outra desgraça, que a Sancho pareceu a pior de todas; e foi não terem vnho que beber, e até nem água para chegar a boca...; e perseguidos da sede, vendo Sancho que o prado estava coberto de erva miúda e viçosa, disse:
Não é possível, senhor meu, que estas ervas deixem de nos estar mostrando haver por aqui perto fonte ou arroio que lhes alimenta o viço. Será logo razão passarmos um pouco adiante, e acharemos com que mitigar esta desesperada sede que nos mortifica, e sem dúvida é pior de sofrer do que a a própria fome.
Tomou por bom o conselho Dom Quixote; e , tomando pela rédea a Rocinante, e sancho ao seu asno pelo cabresto, depois de lhe ter posto em cima os sobejos da ceia, começaram a caminhar pelo prado acima às apalpadelas, por que o escuro da noite não deixava enchergar coisa alguma.
Ainda porém não tinham andado duzentos passos, quando aos ouvidoslhes chegou um grande ruído de água...alegrou-os muitissímo aquele estrondo; e, parando a escutar de que parte vinha, ouviram naquele fora de hora outro estrépido, que aguarentou o contentamento da água, especialmente a Sancho, que de seu natural era medroso. Ouviram uns golpes a compasso com um certo retinir como de ferros e cadeias, que, juntos ao furioso estrondo da água, que lhes fazia acompanhamento, poriam pavor a quem quer  que não fora Dom Quixote. Era a noite, como já disse, escura; e eles acertaram de se achar entre uma árvores altas, cujas folhas, movidas pelo vento, faziam um temeroso ruído; por modo que a solidão, o lugar, o escuro, o cair da água, com o sussurro das folhas, tudo infundia Terror e espanto, mormente reparando-se em que nem os golpes cessavam, nem o vento adormecia, nem a manhã chegava; acrescentado-se a tudo isto o não saberem em que lugar se achavam. porém Dom Quixote, acompanhado de seu intrépido coração, saltou sobre Rocinante, e disse:

Sancho amigo, hás de saber que eu nascí, por determinação do céu, nesta idade de ferro, para nela ressucitar a de ouro, ou dourada, como se costuma dizer. Sou eu aquele para quem estão guardados os perigos, as grandes façanhas, e os valorosos feitos...

Senhor, não sei por que Vossa Merce quer meter-se nessa aventura tão medonha. Agora é noite, aqui ninguém nos vê; bem podemos desandar o caminho e desviar-nos do perigo, muito embora não bebemos em três dias. Como não há quem não nos veja, também não há de haver quem nos ponha mácula de covardes; quem busca o perigo no perigo morre; e por isso não é bom tentar a Deus acometendo tão desaforado feito, donde se não pode escapar, a não ser por um milagre...
Falte o que faltar, nem se há de dizer por mim agora, nem nunca, que lágrimas e rogos me apartaram de fazer o que devia na qualidade de cavaleiro; pelo que te rogo, Sancho, que te cales, que Deus, que me pôs no coração acometer agora esta tão nunca vista e tão pavorosa aventura, lá terá cuidado de olhar por meu salvamento, e de consolar a tua tristeza. O que há de fazer é apertar as silhas a Rocinante, e ficar-te aqui, que eu depressa voltarei vivo ou morto.

Vendo pois Sancho a resolução do amo, e quão pouco aproveitaram com ele as suas lágrimas, conselhos e rogos tedeterminou valer-se da sua indústria, e fazê-lo esperar até ao dia, se pudesse; e assim, enquanto apertava as silhas ao cavalo, sorrateiramente, e sem ser sentido, prendeu com o cabresto do seu asno ambas as mãos de Rocinante, por modo que Dom Quixote, quando quis partir, não o pôde, por que o cavalo se não podia mover senão aos saltos. Vendo Sancho Pança o bom êxito da sua maranha, disse:

Veja senhor, como o céu, comovido das minhas lágrimas e orações, determinou não poder mover-se o Rocinante ; se quer ateimar a esporeá-lo, será ofender a Fortuna, e escoicinhar, como dizem, contra o aguilão.

Desesperava-se com isso Dom Quixote; e, por mais que metia as pernas á cavalgadura, menos a fazia andar; e sem acabar de perceber o estorvo da peia, teve por bem sossegar, e esperar, ou que amanhecesse, ou que o bruto desempatasse, crendo sem dúvida que de alguma outra causa provinha o empacho, e não da habilidade do escudeiro; e falou-lhe assim:

Como é inegável que o Rocinante se não pode menear, contente sou de esperar até que ria a alva, ainda que chore eu todo o tempo que ela tardar.

Não tem que chorar, respondeu sancho; eu cá estou para entreter Vossa Mercê, contando-lhe casos até o amanhecer, salvo se não acha melhor apear-se, e estender-se a dormir um pouco sobre a verde erva, à moda dos cavaleiros andantes, para se achar mais refeito quandochegar o dia e o instante de acometer essa aventura tão sem igual, que o espera.

Qual apear, nem qual dormir! - respondeu Dom Quixote; - sou desses cavaleiros que tomam descanço nos perigos? dorme tu, que para dormir nasceste, ou faze o que melhor te parecer, que eu hei de fazer o que vir que melhor condiz com a minha pretensão.

Não se enfade Vossa Mercê - respondeu Sancho; -  não foi para isso que eu falei.

Disse - lhe Dom Quixote que referisse algum conto.

Prossegui Sancho - que num lugar havia um pastor cabreiro, quero dizer: um pastor que cuidava de cabras, o qual pastor ou cabreiro, como digo no meu conto se chamava Lope ruiz, e este Lope Ruiz andava enamorado duma pastora que se chamava Torralva; a qual chamada pastora Torralva era filha de outro pastor rico; e este pastor rico...

Se continuas a contar por esse modo, Sancho, - disse dom quixote - , repetindo duas vezes o que vais dizendo, teremos conto para dois dias; conta seguido, e como homem de juízo; ou, quando não, é melhor que te cales...segue página 110 do livro.